Os celulares dos diretores da Petrobras William França e Sérgio Caetano foram apreendidos pela auditoria interna da Petrobras e estão sob investigação. Há em andamento a apuração da assinatura de um contrato milionário que apresenta “possíveis irregularidades” com a empresa Unigel, a maior produtora latino-americana de acrílicos e estirênicos.
Com a abertura de um processo de investigação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e o apontamento de uma possível participação dos diretores afim de aprovar o contrato entre as empresas, o documento passa a ser investigado, também, pela auditoria interna da petroleira. As informações são da coluna de Lauro Jardim, em O Globo.
Assinado no fim de dezembro de 2023, o contrato equivale a R$759 milhões e pode levar a empresa a sofrer um prejuízo de R$ 487 milhões. O documento prevê a industrialização, armazenamento, expedição, faturamento e pós-venda de ureia e amônia pelas fábricas de fertilizantes nitrogenados da Petrobras em Sergipe e na Bahia, “alugadas” ao grupo Unigel desde 2019.
Uma auditoria feita pela empresa KPMG também sugeriu que os dois sejam afastados enquanto as investigações não terminam.
Distribuição de lucros na Petrobras
Caso as demonstrações financeiras não sejam aprovadas pela auditoria da KPMG, organização global de consulta contratada pela Petrobras para a investigação, até 5 de março, a distribuição dos lucros entre os acionistas da empresa poderá ser prejudicada.
Em paralelo às investigações, três denúncias no canal da empresa apontaram que os diretores William França e Sérgio Caetano pressionaram as equipes técnicas a aprovar o contrato. Por conta disso, a KPMG recomendou que eles sejam afastados até que as investigações sejam concluídas.
O Metrópoles tentou contato com as defesas dos diretores, mas até o momento não obteve resposta. O espaço segue aberto.
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