O soldado da Polícia Militar Diego Kollucha Santos Vasconcelos fugiu do Batalhão de Choque da PM, nesta quarta-feira (27/03). Ele estava preso na unidade militar desde outubro do ano passado e havia sido alvo de um novo mandado de prisão, desta vez pelo homicídio qualificado de Juliana de Jesus Ribeiro, ocorrido no dia 25 de maio de 2023, no município de Saubara.
Conforme fontes foi feita revista de rotina e o colocaram no pátio, que foi reformado há 4 meses. Kollucha aproveitou um momento de distração e escapou por uma “beirada curtinha”, bem limitada. Em seguida, pulou de “altura enorme” perto de uma igreja. Relatos de testemunhas que o viram apontam que o militar está bastante ferido.
Policiais militares cercaram a região. O homem está sem documentos e sem celular. Ele usa uma camisa preta e tem um corte grande na perna.
Operação Sangue Frio
A ‘Operação Sangue Frio’ foi deflagrada pelo Ministério Público
estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às
Organizações Criminosas (Gaeco), e pela Secretaria de Segurança Pública,
por meio da Força Correicional Especial Integrada da Corregedoria Geral
(Force).
Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. O PM é acusado pelo homicídio qualificado de Juliana de Jesus Ribeiro, ocorrido no dia 25 de maio de 2023, no município de Saubara. O caso foi noticiado pelo Informe Baiano em primeira mão.
Segundo a denúncia oferecida pelo MP, recebida pela Justiça ontem, dia 26, o policial executou a vítima sem lhe dar qualquer chance de defesa. Imagens registradas por câmeras de segurança da via pública onde aconteceu o assassinato mostram que o soldado executou a vítima, disparando tiros de armas de fogo contra Juliana, já rendida, totalmente indefesa, de costas para seu executor. Conforme laudos policiais, Juliana foi atingida diversas vezes à queima roupa na cabeça, face, tórax, abdômen e braços. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Santo Amaro. Foram realizadas buscas na cela do Batalhão de Choque, onde o policial já se encontrava preso desde a deflagração da Operação Salobro, em outubro do ano passado, que investigou a participação de PMS em milícias na região de Santo Estévão.
“As evidências e provas do inquérito policial demonstram que o denunciado planejou, premeditou e executou a ação que culminou na morte de Juliana de Jesus Ribeiro”, afirma o Gaeco na denúncia. Trezes dias antes da execução, o denunciado foi flagrado observando a rotina da vítima, percorrendo o mesmo percurso e realizando as mesmas ações que foram feitas na data do homicídio. A investigação apontou que, por volta das 19h30 do dia do crime, Diogo Kollucha e um comparsa, ainda não identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho, em técnicas semelhantes as de abordagem policial, obrigando-lhe a por as mãos na cabeça e a ficar de costas para eles. Ainda conforme a denúncia, o soldado alterou as placas do veículo utilizado no crime com a finalidade de dificultar a investigação.
Na decisão que determinou a prisão preventiva para garantia da ordem pública, a Justiça aponta haver fortes indícios probatórios de que o PM “praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima”. Além disso, pontua a periculosidade do PM, que foi alvo da Operação Salobro.
Vale ressaltar ainda que um mês depois do homicídio tocaram fogo no mercado que a vítima trabalhava. As imagens de câmeras de segurança registraram a ação criminosa.
Informe Baiano
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