Soldado suspeito de matar gerente de mercado no recôncavo da BA é preso após fugir de batalhão

Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi alvo, nesta quarta-feira (27), da 'Operação Sangue Frio' — Foto: Redes sociais

Ele havia fugido da Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP), em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, na manhã de quarta (27).

Segundo a Polícia Militar, Diego Kollucha foi localizado por uma equipe de inteligência da corporação. Após ser submetido a exame de corpo delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT), ele será custodiado à disposição da justiça.

Fuga de unidade policial

Saiba como aconteceu a fuga:

  • Durante a revista das celas, o soldado e outros custodiados foram transferidos para uma quadra/ solário da unidade;
  • Informações preliminares passadas pela PM indicam que o fugitivo se feriu ao pular do muro.

Com isso, Diego Kollucha foi alvo da "Operação Sangue Frio", realizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA) na quarta.

Vítima morreu rendida

Segundo a denúncia oferecida pelo MP, recebida pela Justiça na terça-feira (26), o policial executou a vítima sem oferecer qualquer chance de defesa. Ainda não se sabe o que motivou crime.

Conforme informou o órgão, imagens registradas por câmeras de segurança da rua onde aconteceu o assassinato mostram que o soldado matou a vítima, que estava rendida, de costas para eleGerente de mercado é morta a tiros após deixar estabelecimento no recôncavo da Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia

Gerente de mercado é morta a tiros após deixar estabelecimento no recôncavo da Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia

De acordo com laudos policiais, Juliana de Jesus Ribeiro foi atingida diversas vezes à queima roupa na cabeça, rosto, tórax, abdômen e braços.

O MP-BA informou ainda que provas do inquérito policial mostram que o policial planejou, premeditou e executou o crime.Operação foi realizada nesta quarta-feira (27/03) — Foto: Divulgação/MP-BA

Operação foi realizada nesta quarta-feira (27/03) — Foto: Divulgação/MP-BA

Veja abaixo o que aconteceu:

  • Trezes dias antes do assassinato, o denunciado foi flagrado observando a rotina da vítima, realizando o mesmo percurso e as mesmas ações que foram executadas na data do homicídio;
  • Por volta das 19h30 do dia do crime, Diogo Kollucha e um comparsa, ainda não identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho, em técnicas semelhantes as de abordagem policial, obrigando-lhe a por as mãos na cabeça e a ficar de costas para eles;
  • O soldado também alterou as placas do veículo usado no crime para dificultar a investigação.

Na decisão que determinou a prisão preventiva do suspeito, a Justiça considerou haver fortes indícios probatórios de que o PM "praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima".

Um mês depois após o assassinato de Juliana de Jesus, um homem incendiou o mercado que ela trabalhava. O momento do crime foi flagrado por câmeras de segurança da rua. A polícia não detalhou se os casos são relacionados e nem se o PM tem participação no incêndio.

O outro homicídio em que o soldado é investigado não foi detalhado pela PM. 

G1

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