Votação de Marcelo Nilo em eleição para o TCM surpreende base governista e alimenta especulações sobre traições

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Ao menos três deputados da base aliada leais ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) consideraram surpreendente a votação recebida pelo ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) na eleição para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que ocorreu na tarde desta terça-feira (5).

Nilo obteve 22 votos, três a mais do que o número de parlamentares que assinaram o pedido de inscrição do ex-deputado na disputa. Já o vencedor do pleito, deputado Paulo Rangel (PT), recebeu 36 votos, dois a menos do que o total de apoiadores formais.

A eleição para o TCM ocorreu em votação secreta. Mas não há como esconder que houve traições na base governista. A bancada da oposição é composta por 20 membros, ou seja, do ponto de vista puramente matemático, ao menos dois representantes da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) traíram Rangel.

Além disso, antes da votação, o deputado Hilton Coelho (Psol), que é independente, declarou voto em Rangel. Ou seja, ele não votou em Nilo. Vale frisar, ainda, que o deputado Marcinho Oliveira (União) foi o único membro da oposição que não assinou a lista de inscrição do ex-parlamentar, por conta de disputas eleitorais entre os dois no município de Monte Santo. Caso Marcinho, que não revelou o voto, não tenha votado em Nilo, isso indicaria que houve ao menos três traições na base governista.

“Não há dúvidas de que Marcelo Nilo surpreendeu. Ninguém esperava que ele tivesse a votação que recebeu. Houve traições da base governista, que podem ter sido ainda em número maior do que três porque se especula que ao menos três parlamentares da oposição, incluindo Marcinho, tenham votado em Rangel. Se isso ocorreu de fato, o número de traidores na base do governador foi ainda maior”, analisou um influente deputado aliado do Executivo.

Dos 63 eleitores na disputa, cinco se ausentaram a votação: os quatro do PCdoB, em protesto pela não inscrição do deputado comunista Fabrício Falcão na disputa, e a deputada Ludmilla Fiscina (PV), que alegou motivo de doença.

Política Livre

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