Um homem de 35 anos foi preso nessa quinta-feira (19/4) em Botafogo, no Rio de Janeiro, acusado de ter estuprado por mais de 18 horas e ter mantido em cárcere privado uma turista de São Paulo. Ela só foi salva porque tinha compartilhado, pelo celular, sua localização com um amigo.
A vítima, uma mulher de 31 anos que estava em férias no Rio, contou ter conhecido Lucas José Dib em um aplicativo de relacionamentos no dia 3 de abril. Eles saíram na mesma noite, foram a alguns bares de Botafogo e se beijaram. Segundo o relato da mulher, ele se comportava de maneira gentil e educada.
Lucas, então, teria convidado a vítima para ir a seu apartamento, no mesmo bairro, para que depois eles saíssem e fossem a uma festa. Ela concordou, mas, sem que ele percebesse, compartilhou, pelo celular, sua localização com amigos.
Imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela polícia mostram que o casal chega ao prédio às 23h39 do dia 3. Ao chegar ao apartamento, a mulher disse que o comportamento de Lucas mudou.
A vítima contou, ainda, que, para que eventuais gritos de socorro não fossem ouvidos, Lucas coloca músicas em som alto no ambiente.
Em entrevista ao RJTV, da TV Globo, a vítima contou ter vivido um terror. “Ele disse que qualquer coisa eu tentasse, não ia adiantar. Porque ele era uma pessoa influente. Eu fiquei aproximadamente 20 horas dentro do apartamento dele, sendo torturada fisicamente, psicologicamente. Fui estuprada de todas as formas possíveis”, disse.
Resgatada por um amigo
Um dos amigos da turista estranhou seu desaparecimento ao longo do dia e resolveu ir até o prédio indicado pela localização do celular. Ao chegar lá, interfonou o apartamento do homem, chamou pela amiga e ameaçou chamar a polícia.
A vítima foi solta e saiu do elevador chorando, ao encontro do amigo. Ela foi levada a um hospital particular e foi submetida a exames no IML, que confirmaram a violência sexual.
Lucas só foi preso nessa quinta-feira (foto de destaque), enquanto dormia, em seu apartamento. Na casa do suspeito, foram apreendidos objetos sexuais, além de um aparelho de DJ que foi usado para tocar música alta durante os estupros.
Assista ao momento da prisão:
O relatório da investigação aponta que Lucas expôs “um lado sádico, submetendo-a a crueldades sexuais, sem consentimento”. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, ele será indiciado por tortura, ameaça, cárcere privado, estupro e injúria.
Metrópoles
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