O senador Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado, classificou de indescritível a progressão das emendas parlamentares. Segundo ele, parte do problema apontado por colegas de falta de verba para saúde e universidades tem relação com a distribuição de verbas aos próprios parlamentares.
“O governo foi obrigado a cortar R$ 11 bilhões de despesas previstas para respeitar o acordo com este Congresso Nacional”, disse. Wagner cobrou um “exame de consciência” dos parlamentares sobre o assunto.
“Nós não abrimos mão dos R$ 11 bi. E, achando pouco, ainda botamos mais R$ 5,6 bilhões. E, repito, teve-se que raspar de mais lugares ainda. Estica daqui, puxa dali, com o veto ficou em R$ R$ 3,6 bilhões”, afirmou. O líder acrescentou que não se opõe às emendas, mas ressaltou serem verbas que saem do orçamento da União e que entram na despesa.
O parlamentar deu a declaração em sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Nesta terça-feira (30), o colegiado adiou para a próxima quarta-feira (8) a votação de um dispositivo que permite ao governo Lula (PT) antecipar a expansão do limite de gastos de 2024 e, na prática, liberar uma despesa extra calculada em R$ 15,7 bilhões.
Jaques Wagner queria um prazo de vistas de duas horas, para aprovar o texto ainda nesta quarta. O projeto é considerado prioritário para o Executivo. Se for validado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá destravar esse valor de cerca de R$ 15 bilhões de forma imediata “por ato do Poder Executivo”, sem passar novamente pelo Congresso Nacional.
Folhapress
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