O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), procurou nesta quinta-feira, 18, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, para falar sobre o caso da deputada Dayany Bittencourt (União-CE). Ela encontrou câmeras escondidas no apartamento onde ficava hospedada em Brasília, localizado no hotel Golden Tulip. A rede hoteleira disse que a unidade alugada é uma propriedade particular e que, por isso, não está sob sua administração.
De acordo com interlocutores, Lira conversou com Andrei para saber quais medidas poderiam ser adotadas pela Polícia Federal, já que, uma vez que há investigação em curso na Polícia Civil do Distrito Federal. Enquanto a PF estuda os procedimentos legais, o presidente da Câmara determinou a atuação da Polícia Legislativa na Câmara.
“Eu fiquei em choque, fiquei muito abatida. É algo que eu nunca imaginei que fosse passar na minha vida. Tinha uma câmera de frente para a cama. Não é fácil”, comentou Dayany Bittencourt à reportagem. Ela não descarta que, além de um crime de gênero, trate-se de um crime político.
Procurada, a rede Louvre Hotels Group-Brazil informou que o apartamento em que a parlamentar morava, no Golden Tulip Brasília Alvorada, é uma propriedade particular e que, por isso, não está sob sua administração hoteleira. A empresa também disse que continua disponível para esclarecimentos às autoridades.
Augusto Tenório/Estadão
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