O casamento entre um líder religioso de 63 anos e uma menina de 12 provocou indignação em Gana, levando autoridades a intervirem. De acordo com o periódico "Pulse", a menor está sob proteção da polícia de Accra, a capital do país africano. A mãe também está recebendo apoio policial. As informações são do Extra.
A cerimônia de casamento ocorreu no sábado (30), em Nungua, quando o homem, conhecido como Gborbu Wulomo, ou Nuumo Borketey Laweh XXXIII se uniu com a menina num templo.
O "homem sagrado", que comanda uma seita, escolheu a menina quando ela tinha apenas 6 anos de idade. Esperava-se que a menina pudesse participar de uma segunda cerimônia habitual focada na purificação.
Este ritual se destina a capacitá-la a cumprir as suas responsabilidades previstas como esposa de Gborbu Wulomo, o que inclui ter filhos", acrescentou o "Pulse.
Porém, antes que isso acontecesse, a polícia localizou a menina e assumiu a sua custódia. Autoridades ganesas resolveram agir após a entidade African Education Watch, que monitora a educação infantil em Gana, várias celebridades e usuários de redes sociais manifestarem indignação com o casamento envolvendo a menor. Muitos pedem a prisão de Gborbu Wulomo.
"A lei diz que é ilegal se casar com uma menina de 12 anos", disse Kofi Asare, diretor executivo da African Education Watch, em postagem indignada no Facebook.
"O Serviço de Polícia do Gana está trabalhando com o Ministério de Gênero, Criança e Proteção Social e o Departamento de Assistência Social para fornecer o apoio necessário enquanto o assunto está sendo investigado", explicou a polícia de Accra em comunicado.
O presidente do Conselho da região de GaDangme, Nii Ayikoi Otoo, disse ter se encontrado com o religioso e ter ouvido outra narrativa. Segundo ele, Gborbu Wulomo ressaltou que a união não pode ser encarada como um casamento, como estão chamando, mas como um noivado.
"Esta informação alterou para nós as implicações legais", afirmou Otoo. "Estamos inclinados a ficar do lado de Gborbu Wulomo", emendou ele, destacando que o noivado não implica que o líder religioso possa fazer sexo com a menina.
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