Pré-candidato Paulo da Compusist critica estagnação econômica de Jacobina: “Não podemos viver só de asfalto, locação de carro novo ou limpeza de ruas”

 

Em uma entrevista à Rádio Jaraguá FM nesta quinta-feira (9), o empresário Paulo da Compusist, pré-candidato pela Federação PSDB-Cidadania, trouxe à tona uma discussão crítica sobre o estado atual do município de Jacobina. Segundo ele, há mais de vinte anos a cidade encontra-se estagnada em uma “bolha” de inércia administrativa, carecendo de planejamento estratégico, incentivos fiscais, e, sobretudo, de um robusto projeto de desenvolvimento econômico e social que possa endereçar a geração de emprego e renda.

A crítica de Paulo da Compusist não se limita à gestão dos espaços urbanos ou à estética da cidade. Ele argumenta que, embora importantes, a manutenção de vias asfaltadas, a renovação da frota de veículos e a limpeza urbana não são suficientes para sustentar o desenvolvimento de uma cidade. “Não podemos viver só de asfalto, locação de carro novo ou limpeza de ruas”, enfatiza, apontando para a necessidade de ações mais ambiciosas que possam garantir um futuro próspero para Jacobina.

Um dos pontos mais sensíveis abordados por Paulo da Compusist é a situação da juventude de Jacobina, que enfrenta um cenário de desemprego e falta de perspectivas. Ele destaca o paradoxo entre o potencial econômico subaproveitado do município e a realidade de milhares de jovens sem esperança e oportunidades. Como exemplo desse potencial, menciona o distrito de Lages do Batata, que abriga uma das maiores jazidas de calcário do estado, um recurso valioso não apenas para a economia local mas também para o agronegócio nacional, dada a sua aplicação na correção da acidez do solo.

Além de críticas ao modelo administrativo adotado por ex-prefeitos, Paulo da Compusist propõe uma reflexão sobre a identidade econômica da cidade. “Qual a vocação de Jacobina hoje?”, questiona, citando a perda de direção econômica e a crescente onda de fechamento de empresas e disponibilidade de imóveis para venda ou locação no centro comercial. “Há trinta anos, Jacobina tinha um comércio forte. Nós perdemos esse espaço para Capim Grosso, para Campo Formoso, para Irecê. Alguns municípios que vinham assumir aqui, não vêm mais para Jacobina, basta você dar olhada no Calçadão”, acrescentou.
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