Terminou ontem (15) em Luís Eduardo Magalhães a 18ª Bahia Farm Show (BFS), com expectativa de anunciar os resultados finais consolidados na terça-feira (18). Neste sábado também foi anunciada a data para a próxima edição, prevista para acontecer entre 09 e 14 de junho de 2025. Avaliação parcial aponta para manutenção da marca do ano anterior de R$ 8 bilhões em negócios e estimativa de bater recorde de público com mais de 100 mil visitantes.
Realizada através de uma junção de forças que envolve os produtores rurais, por meio das associações e sindicatos, instituições financeiras, órgãos públicos e empresas privadas, a feira acontece como uma vitrine da pujança regional desde 2004, quando o município dava os primeiros passos após a emancipação política.
Atualmente faz parte do histórico da cidade, com grande importância para a economia dentro do calendário anual de eventos relacionados ao turismo de negócios, com festejos paralelos organizados por expositores no período. Os principais segmentos atingidos têm relação com hospedagens, comércio de alimentos e bebidas, gerando empregos diretos e indiretos.
“Somente na montagem são 2,5 mil pessoas envolvidas”, disse o prefeito Junior Marabá, acrescentando que toda a região sente o reflexo do evento com pessoas hospedadas e contratação de serviços também em localidades vizinhas. Satisfeito com os resultados, afirmou que nas visitas aos estandes encontrou amigos e conversou “sobre o cenário de negócios e todos estão muito otimistas”, enfatizou.
Ao avaliar esta edição o coordenador geral da BFS, Luiz Pradella, indicou dentre outras ações como positiva a ampliação de 9% da área, chegando a 246 mil metros quadrados. Ele pontuou que isso proporcionou um maior estacionamento, o que aliado a sinalização maciça e novas rotas de acesso facilitou o fluxo dos veículos.
Pradella citou ainda que outro aspecto positivo foi a adoção da tecnologia com venda dos ingressos pela internet, leitura eletrônica dos bilhetes/crachás e instalação de um terceiro portal de entrada, melhorando também o acesso das pessoas à feira. “Esta edição vai ser lembrada não somente pelo público, mas também pela organização”, ponderou, citando que o mérito é coletivo.
Presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi,
destacou que o evento, muito mais que favorecer os negócios, é difusor de conhecimento e novidades que potencializam a produção. Ele salientou que os painéis, debates e palestras, proporcionam a capacitação e qualificação de dirigentes e trabalhadores do setor agrícola.
Vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt argumentou que a BFS, mais do que uma representação do oeste baiano é “cartão-postal da área de influência Matopiba, que inclui, além da Bahia, o Maranhão, Piauí e Tocantins”. Ele acrescentou que a prática da agricultura sustentável e a verticalização da produção com implantação de agroindústrias, projetam o desenvolvimento regional duradouro, tendo a feira como um marco.
Um dos pioneiros no planejamento e execução da primeira edição do evento, Oziel Oliveira não esconde o orgulho de fazer parte desta história. Atualmente ele preside o Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial do Matopiba (PDA – Matopiba), órgão vinculado ao Mapa, e atribuiu ao comprometimento dos envolvidos na organização os resultados alcançados.
Agro em foco
Secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura, Wallison Tum apontou que a transferência da Seagri com todos seus serviços e órgãos como Adab e Bahia Pesca para a BFS, denota a importância do evento para o setor agropecuário baiano.
Ele lembrou que dentre outros eventos relevantes, o Plano Estadual de Agricultura de Baixo Carbono (ABC + Bahia) lançado com a presença do governador Jerônimo Rodrigues terá repercussão em todo estado. Nos cinco dias da feira no estande do governo aconteceram palestras, atendimentos aos produtores e reuniões setoriais.
Assim como demais atividades desenvolvidas na BFS, o Leilão da Associação dos Criadores do Oeste da Bahia (Acrioeste) foi considerado um sucesso, com negociação de mais de R$ 1,2 milhão. “Ano a ano percebemos a melhora da genética do rebanho regional”, afirmou o presidente da associação, Wagner Pamplona, acrescentando que o leilão tem contribuído neste sentido, considerando que as cerca de 1.200 cabeças ofertadas, são de alta linhagem.
Coordenada pela Aiba e o Instituto Aiba, a feira teve apoio na organização da Abapa, da Fundação Bahia e da Associação dos Revendedores e Representantes de Máquinas, Equipamentos e Implementos Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba).
Ao todo nove instituições financeiras participaram, bem como a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb/Senar), e, dentre outros segmentos, vale destacar o pavilhão da Agricultura Familiar e Economia Solidária, principalmente com produtos da própria região e organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Rural.
A Tarde
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