Apontado pela polícia como o segundo em liberdade na hierarquia do tráfico de drogas de parte do Complexo da Maré, referente a uma região dominada pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), o traficante Thiago da Silva Folly, o TH da Maré, é um dos bandidos mais procurados do Rio. Em nome dele, há 16 mandados de prisão expedidos pela Justiça por uma série de crimes, entre eles trafico de drogas, homicídios e assaltos. A última preventiva foi decretada no dia 18 de abril de 2024, pela 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, dois agentes foram atacados e baleados, nesta terça-feira, ao chegarem próximos de um esconderijo usado por TH na Favela do Timbau, uma das comunidades da Maré. Durante a operação policial, a quadrilha queimou um ônibus na Avenida Brasil, na altura da Vila do João.
No processo que gerou a decretação da última prisao expedida pela Justiça, TH e Michel de Souza Malveira, o Mangolé, atual zero um em liberdade do TCP na Maré, foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MORJ) como responsáveis por promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa. Os dois e outras duas pessoas são apontadas como responsáveis por comandar uma quadrilha que executa roubos de carros e de cargas. Durante investigações, foi descoberto que os chefes do bando ordenam a traficantes o roubo de veículos sob encomenda.
A partir daí, o grupo criminoso obtém lucro com os desmanches de peças e com a cobrança de resgate para devolução dos carros roubados.. Segundo o apurado pelos policiais, TH da Maré é o chefe da parte operacional da organização criminosa, concentrando ainda o recolhimento de taxas impostas a mototaxistas que trabalham nas comunidades. Thiago da Silva Folly também é suspeito de permitir que assaltantes e estelionatários fiquem abrigados nas comunidades da Vila do João, Timbau, Baixa do Sapateiro e Vila dos Pinheiros, em troca de receber uma parte do lucro arrecadado com assaltos e golpes. Entre os bandidos escondidos no local estariam foragidos da Justiça vindos dos Estados do Espírito Santo e de Minas Gerais.
No processo que gerou a decretação da prisão de TH, em abril de 2024, ele foi apontado como sendo um dos responsáveis pela encomenda de um Hyundai Creta, roubado em maio de 2023, no Cachambi. O veículo foi recuperado, dois meses depois, durante uma operação policial no Complexo da Maré. Entre as cargas mais visadas pelo bando de TH e Mangolé, suspeitos de serem responsáveis por ordenar a prática de delitos deste tipo em vias expressas do Rio, estão pneus, eletroeletrônicos e celulares. Além de TH, Michel de Souza Malveira, o Mangolé, também é foragido da Justiça. Em nome deste último existem quatro mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de justiça do Rio de Janeiro.
Extra o Globo
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