Muito além da arquitetura mundialmente famosa, qualidade de vida é uma das características mais marcantes de Brasília, com inúmeras regiões arborizadas e opções de lazer ao ar livre. Inclusive, ela foi considerada a capital brasileira que mais atende às necessidades básicas dos habitantes e oferece maior qualidade de vida à população. O dado faz parte do estudo Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2024.
O IPS Brasil é o índice mais completo da realidade socioambiental de todos os 5.570 municípios do país. Ele avalia, em notas de 1 a 100, cidades e estados em três categorias: necessidades humanas básicas; fundamentos do bem-estar; e oportunidades.
A nota geral obtida por Brasília no ranking divulgado no início de julho foi 71,25. A capital federal foi seguida por Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG).
Água e Saneamento
Nos componentes secundários, o maior índice brasiliense foi na categoria Água e Saneamento, que registrou 88,46 pontos.
Nesse quesito, nos últimos cinco anos, o governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), investiu cerca de R$ 1,5 bilhão em manutenção, expansão e melhorias do atual sistema de captação de esgoto e água da capital federal. A meta é investir mais de R$ 2,8 bilhões até 2027.
O resultado desse e de outros investimentos é que hoje o DF é a unidade da Federação com a maior taxa de esgoto tratado do país, segundo dados do Instituto Trata Brasil.
A capital federal é a única acima de 80% e supera estados como Roraima, Paraná, São Paulo e Goiás.
O DF concentra o maior percentual de moradores com esgotamento adequado (94,1%), performando em níveis de países desenvolvidos, como Suécia, Bélgica e Portugal.
São 18 mil km de extensão de redes, sendo 10 mil km de água e 8 mil km de esgoto, atendendo 99% da população do DF com água tratada e 93% com coleta de esgoto. Atualmente, Brasília conta com 13 estações de Tratamento de Água (ETAs), 16 estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e 102 elevatórias de esgoto.
Desde 2021, o Distrito Federal atende aos níveis de universalização previstos no Marco Legal do Saneamento Básico. A lei federal determina que, até 2033, 99% da população receba água potável e 90% tenha acesso à coleta e tratamento.
Além de fornecer água potável para 99% da população, o DF faz a coleta de 92% de todo o esgoto gerado e trata 100% dele. Desses, 87% dos resíduos são tratados no nível terciário, um dos mais elevados em relação às demais unidades da Federação.
Para ter uma ideia, no Brasil como um todo, cerca de 32 milhões de pessoas vivem sem acesso à água potável e mais de 90 milhões não têm coleta de esgoto.
Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Infraestrutura
Um dos fatores que contribui para a melhora da qualidade de vida da população são as benfeitorias na infraestrutura da cidade.
De janeiro a junho deste ano, por exemplo, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) alcançou 53.314 m² de pavimentação asfáltica, mais da metade de todo o montante do ano passado, quando foram pavimentados 93.832 m². Esse quantitativo refere-se somente ao executado de forma direta pelas equipes da instituição sem contar com o trabalho executado por meio de empresas contratadas.
Em outra frente, neste mês de julho, o Drenar DF, maior programa de escoamento e captação de águas pluviais, feito pela atual gestão, alcançou 7,5 km de escavação e montagem, além de mais de 3,5 mil metros de concreto projetado.
Com capacidade para armazenar até 96 mil m³ de água e volume útil de 70,2 mil m³, a bacia atuará para reduzir a pressão do volume que desemboca no Lago Paranoá e acabar com problemas crônicos de alagamento.
Joel Rodrigues/Agência Brasília
Além disso, a população do Distrito Federal já conta com quase 40% da iluminação pública com tecnologia LED. Ao todo, a Companhia Energética de Brasília Iluminação Pública e Serviços S.A. (CEB Ipes) já investiu mais de R$ 114 milhões para modernizar 135,4 mil luminárias. A meta é substituir todas até 2026.
Por ser a região que concentra parte significativa dos trabalhadores do DF e os principais órgãos públicos, o Plano Piloto recebeu o maior investimento. Ao todo, foram 21.859 novas luminárias de LED, com um investimento de mais de R$ 19 milhões.
Na sequência, aparece Samambaia, que recebeu investimentos que superam R$ 13 milhões para a modernização de 13.760 luminárias em todos os bairros. Taguatinga recebeu 7.820 luminárias, em um investimento de R$ 6,8 milhões. O Guará vem logo atrás, com 7.545 luminárias de LED, o que demandou investimento de quase R$ 6,3 milhões.
Social
A capital federal também se destaca no campo social. Neste mês, o GDF liberou R$ 35.194.415 para o pagamento do Cartão Prato Cheio e do DF Social.
A maior parte desse montante, R$ 24.891.250, foi investida no crédito de R$ 250 do programa Cartão Prato Cheio, que teve 7.885 novas inclusões. Ao todo, o benefício atende a cerca de 100 mil famílias. O Prato Cheio é pago em um ciclo de nove parcelas para auxiliar famílias em situação temporária de insegurança alimentar e nutricional.
Neste mês, 67.971 famílias serão beneficiadas com o DF Social, um investimento de R$ 10.303.165. O programa consiste em um benefício mensal de R$ 150 para famílias com renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa, inscritas no Cadastro Único e residentes no Distrito Federal.
Tony Oliveira/ Agência Brasília
A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF) ainda oferece uma cesta verde contendo 13 kg de frutas, verduras e legumes. Esse benefício é responsável por complementar o Cartão Prato Cheio, sendo entregue por empresas transportadoras parceiras. Nos últimos quatro anos, foram doadas quase 400 mil cestas verdes.
Já para as mães em situação de vulnerabilidade, com uma renda mensal de até R$ 706, o governo disponibiliza o programa Bolsa Maternidade, instituído pela Sedes-DF. O suporte conta com alguns itens materiais para os primeiros dias do bebê.
Segurança
Na área de Segurança, nos últimos anos, o DF tem vivenciado a redução de vários índices criminais. A queda é resultado de ações para combater e coibir a criminalidade e a violência na cidade.
Um dos mecanismos essenciais nesse processo são os dados estatísticos provenientes dos boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil, usados para mapear manchas criminais e elaborar políticas públicas para prevenção de crimes.
Além disso, a população de Brasília que usa o Metrô-DF se sente mais segura com a implementação de câmeras corporais nos agentes da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal.
O uso dos 100 equipamentos começou neste mês. No total, o GDF investiu R$ 198 mil na compra dos aparelhos, que serão usados nas 27 estações da capital.
Referência turística
Além dos vários pontos que fazem de Brasília uma ótima escolha para se morar, uma série de atrações aguarda turistas do mundo todo para descobrirem o que a capital do país tem de melhor.
Os monumentos de Brasília são únicos e dispostos de maneira a formar um museu a céu aberto. No interior dos prédios, obras de artistas renomados podem ser visitadas, em horários específicos, sem custo.
Isso sem contar os prédios homogêneos, as ruas largas e arborizadas, os parques e os setores pensados tendo como foco o bem-estar da população e do visitante.
Além disso, o traçado original e as belas construções idealizadas pela dupla formada pelo urbanista Lucio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer fizeram da nova capital da República o primeiro bem moderno inscrito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na Lista do Patrimônio Cultural da Humanidade, em dezembro de 1987.
Esses são apenas alguns dos motivos que fazem com que Brasília figure na lista dos 52 lugares para se visitar em 2024. Relação criada pelo jornal norte-americano The New York Times para ajudar turistas do mundo todo a planejar as próximas férias.
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