O capitão Mauro das Neves Grunfeld, suspeito de participar de um esquema que vendia armas e munições para facções criminosas, foi solto na noite de quarta-feira (17). Ele foi preso em maio, durante a Operação Fogo Amigo. A liberdade provisória foi determinada pelo juiz Eduardo Ferreira Padilha, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro.
Segundo Padilha, Grunfeld não desempenhava um papel de liderança na suposta organização criminosa investigada. Em razão disso e da ausência de antecedentes criminais, Mauro poderia responder ao processo em liberdade.
Para o Ministério Público, que manifestou-se contra a solicitação, as circunstâncias que justificaram a prisão preventiva continuavam inalteradas. Na decisão, o juiz destacou que a prisão preventiva deve ser uma medida excepcional, aplicável apenas quando houver evidências concretas de perigo à ordem pública ou à instrução processual. Ele também citou um precedente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que permitiu que a prisão preventiva fosse substituída por medidas cautelares diversas para réus sem papel de destaque em facções criminosas.
Mauro terá que comparecer a todos os atos processuais e não poderá alterar seu endereço sem informar à Justiça com antecedência. Além disso, ele também não deve se ausentar da comarca de sua residência sem autorização e precisa evitar contato com pessoas relacionadas aos fatos investigados. Em caso de não cumprimento das medidas, uma nova prisão preventiva será decretada.
BNEWS
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