Luiz Dórea detona valor pago pelo UFC aos lutadores: "Outros eventos pagam muito mais"

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Responsável por treinar grandes nomes do UFC, como Anderson Silva, Rodrigo Minotauro e Júnior Cigano, o mestre de boxe Luiz Dórea criticou o valor pago pela maior organização de MMA do mundo aos lutadores. O professor foi o convidado da semana no programa 071 Sport, da BNews TV.

Questionado sobre o valor das bolsas da grande maioria dos atletas que tem contrato com o UFC, Dórea afirmou que a organização tem o prestígio da popularidade. No entanto, o mestre de boxe revelou que outras organizações pagam melhor. 

"Existem grandes eventos no mundo que pagam muito mais que o UFC. O problema do UFC é a marca. Atletas do UFC ficam mais conhecidos, mas se você for no ONE Championship, no Rizin ou na PFL, pagam muito mais", iniciou o professor. 

Dórea ainda deu exemplo de um de seus pupilos que passou pela organização e que entrou no UFC através do TUF Brasil 3: Antônio 'Cara de Sapato' Júnior. Após uma trajetória de altos e baixos na organização presidida por Dana White, o atleta paraibano radicado em Salvador migrou para a PFL, onde passou a se destacar com muito mais velocidade. 

"Sapato em seis meses de PFL, só o que ele pagou de imposto do que ganhou, já foi maior do que tudo que ele ganhou no UFC. Ele venceu o GP e ganhou 1 milhão e pouco de dólares. Então isso valoriza o atleta. No UFC, os atletas que tenho ciência, começam recebendo bolsa de 5 a 10 mil dólares, fazendo duas lutas por ano. Você paga os impostos e como vive com isso depois? O UFC é muito pelo nome. Antigamente você ainda conseguia patrocinador fora, hoje não consegue mais. Atualmente, o patrocínio deles vai pagar até uns 3 mil dólares a mais, no máximo", completou.   

Por fim, o mestre de boxe ainda afirmou que a vantagem do UFC é a exposição dos atletas, que terminam ficando mais em evidência. No caso de atletas campeões, as bolsas tendem a aumenta consideravelmente, mas, ainda assim, seria menos que outros eventos.  

"O atleta quer ir para o UFC porque é o maior evento do mundo, a visibilidade é a maior. O problema é que precisa ralar muito para brilhar, porque a bolsa é muito pequena. Agora, os campeões vão ter um respaldo maior, sendo que ainda assim não ganham o que deveria. Com relação ao boxe, nem se compara, acho que não chega nem a 10%", finalizou Dórea.

BNEWS 



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