Um homem, de 37 anos, que não teve a identidade revelada, foi preso preventivamente pela Policia Civil de Minas Gerais (PCMG) suspeito de ter matado o advogado Pedro Cassimiro Queiroz Mendonça, de 40 anos, com 23 tiros, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O crime ocorreu no dia 27 de maio deste ano, por volta de 11h40, nas proximidades do fórum do município. O suspeito foi localizado no último sábado (20).
O investigado foi localizado em um imóvel em Capivara, na zona rural do município de Papagaios, situada no Centro-Oeste mineiro, onde estava com a família.
Segundo a Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) em Ibirité, o suspeito era cliente da vítima e os dois teriam tido um desentendimento.
“Sobre a motivação, nós conseguimos elementos de informação de que houve um desentendimento entre o suspeito, que apresentava certa insatisfação com resultados da atuação do advogado. Também apuramos a existência de atritos no que se referia a quantias que seriam pagas pelas causas. Em um determinado processo, havia sido combinado um valor, contudo o advogado, por ter realizado outro ato processual, acresceu os honorários, e isso gerou um atrito entre eles”, explica o delegado Welington Faria.
Para executar o crime, o suspeito teria marcado um encontro para atrair o advogado, alegando querer tratar de assuntos profissionais. Quando o advogado chegou, ele o executou a tiros na porta de um restaurante nas proximidades do fórum da cidade.
O trabalho investigativo apontou, ainda, que o suspeito agiu sozinho e utilizou um veículo clonado na ação. O carro havia sido furtado em outra cidade da região metropolitana e foi incendiado no dia posterior ao homicídio.
Conforme a polícia, o suspeito já foi indiciado por quatro homicídios consumados e outro tentado, além de condenado por posse e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
“Contra ele havia duas preventivas em aberto por homicídio na área do Barreiro [na capital] e a prisão por condenação. Além desses, a prisão que cumprimos no sábado. Tinha, então, quatro mandados em aberto e estava foragido desde 2019”, detalha a chefe do DHPP, delegada Alessandra Wilke.
“[o crime] Envolveu, digamos assim, um atentado contra as instituições e a democracia, porque foi um profissional essencial para o exercício da Justiça, morto em razão da sua prestação de serviço. Reforço o compromisso da Polícia Civil no combate aos crimes violentos, com todos os esforços para apurações rápidas e eficientes”. Ressaltou o superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, Júlio Wilke.
Após os procedimentos de polícia judiciária, o investigado foi encaminhado ao sistema prisional. O inquérito policial, que tramita sob sigilo, está em fase de conclusão para ser encaminhado à Justiça
cnn
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