Arthur Lira e Rui Costa trocaram farpas em reunião no STF

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O encontro entre a cúpula dos três poderes, nesta terça-feira (20) na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), teve uma troca de farpas entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Na reunião que durou cerca de três horas também estavam o advogado Geral da União, Jorge Messias, e os 11 integrantes do STF. As informações são da colunista Ana Flor, do G1.

Segundo um dos participantes, a reunião começou tensa e foi aos poucos se suavizando. Rui Costa reclamou de como as emendas cresceram de valor de um ano para o outro e como elas tomam o espaço livre dos recursos, para os chamados gastos discricionários do governo.

Ainda segundo o relato, Lira, em troca, disse que o governo precisava explicar como os ministros mandavam grande parte do recurso dos seus ministérios para seus estados de origem. Além disso, Lira também citou que há falta de transparência do Executivo na decisão de quais projetos são prioritários.

Apesar  de algumas falas ríspidas, o clima foi cordial, segundo outros integrantes. Um ministro do STF contou que houve algumas “alfinetadas”, mas que o importante foi o resultado, que afastou o aprofundamento de uma crise institucional.

Ainda segundo a colunista, os participantes do encontro reconheceram que o consenso alcançado não encerra os conflitos entre Executivo e Legislativo em relação à distribuição dos valores em emendas, mas consideram que houve progresso. 

O sucesso do acordo final dependerá das reuniões que ocorrerão nos próximos 10 dias entre o Planalto e o Congresso para definir o destino dos recursos das emendas de comissão.

Antes da reunião

A colunista detalha também que antes da reunião, Lira se encontrou com quatro deputados próximos, com membros da oposição e com dois candidatos à sua sucessão.

Desse encontro com parlamentares, de acordo com a publicação, se concluiu que o fim das emendas PIX era inaceitável, mas que algo precisava ser entregue como forma de boa vontade da Casa. Além disso, surgiu a ideia do fim da "rachadinha" nas emendas de bancada, divisão dos recursos entre os deputados daquele estado. Essa foi uma das decisões tomadas mais tarde, no STF.

BNEWS

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