Conhecido como “o gordo mais rápido do Brasil”, o fisioterapeuta Mozart Soares de Souza, de 72 anos, vive uma luta constante há 13 anos para não perder o pé. Em 2011 ele foi picado por uma aranha-marrom no Centro de Treinamento (CT) de um clube de futebol, no interior do Paraná.
Após uma série de complicações de saúde e empréstimos para pagar tratamentos, hoje, Mozart vive de doações.
Além do pé, o fisioterapeuta teve outras complicações em decorrência do veneno do animal, como problemas no fígado e nos rins. Atualmente, por causa da dor, ele precisa usar andador para se locomover.
Ao G1 o homem contou que perdeu 50 kg desde que foi picado pela aranha, com o objetivo de realizar um procedimento cirúrgico. “A dor é cruel. O único jeito é fazer cirurgia e, para fazer a cirurgia, tem que perder peso porque é perigoso a anestesia”, afirmou Mozart.
Em 2023, Mozart foi submetido a uma cirurgia para a retirada do excesso de pele da barriga e dos braços para que, segundo ele, fosse feito um enxerto no pé lesionado. Entretanto, o procedimento não ocorreu como o esperado e causou, ainda, uma hérnia no abdômen.
Antes das doações, empréstimos
Ao longo dos anos, ele precisou fazer diversos empréstimos e comprometer parte da aposentadoria, equivalente a um salário mínimo. Ele usou o dinheiro num tratamento em câmara hiperbárica, indicada para tratamentos de feridas com difícil cicatrização.
Com a renda comprometida, Mozart vive de doações. “Quem segura é Deus […]. A vida da gente é assim, a gente é pobre. Futebol hoje, time pequeno, médio, não pagam muito bem”, lamenta.
O fisioterapeuta afirmou que seguirá na luta para recuperar o pé, que pretende fazer uma segunda cirurgia de retirada de pele e que busca uma solução para a hérnia.
“Eu quero sarar e voltar a trabalhar. Eu fico com vergonha [dessa situação]. Sofro muito. […] É difícil para quem trabalhou muito. A gente fica constrangido. É difícil. Meu pai morreu trabalhando e eu quero ser igual”, finalizou ele.
“O gordo mais rápido do Brasil”
Mozart Soares de Souza ficou conhecido como “o gordo mais rápido do Brasil” por causa de sua agilidade ao socorrer atletas lesionados em campo e devido ao peso, que na época chegava a quase aos 200 kg.
Mozart passou por diversos clubes no interior de São Paulo e do Paraná, como: Athletico Paranaense, Atlético Penapolense, Grêmio de Maringá, Sãocarlense, Velo Clube, entre outros.
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