“Justiça express”: juízes emitiam sentença e sacavam propina em 18 min

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Nesta quarta-feira (14/8), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação 18 Minutos para desarticular esquema de venda de sentenças judiciais no Tribunal de Justiça do Maranhão.

A operação ganhou este nome por causa da rapidez impressionante com que as decisões eram tomadas, os alvarás expedidos e os recursos desviados eram sacados: apenas 18 minutos.

A ação tem como alvo quatro desembargadores e dois juízes do TJ do Maranhão, todos suspeitos de fazer parte de um esquema fraudulento para desviar recursos de instituições como o Banco do Nordeste.

Entre os investigados, estão a desembargadora Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa, que é cunhada do ex-presidente José Sarney, e os desembargadores Marcelino Everton Chaves, Luiz Gonzaga Almeida Filho, e Antônio Pacheco Guerreiro Júnior. A juíza Alice de Sousa Rocha e o juiz Cristiano Simas de Sousa também estão sob investigação, assim como o ex-juiz Sidney Cardoso Ramos.

Segundo a Polícia Federal, o esquema é complexo e envolve três núcleos de atuação, nos quais participam ex-servidores do banco, advogados e magistrados.

Uma das decisões judiciais investigadas é acusada de desviar R$ 14 milhões. Esse caso é apenas um exemplo de como o grupo operava dentro do sistema de justiça do estado.

A operação, ordenada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), resultou no bloqueio de bens e afastamento de vários envolvidos de suas funções públicas. Advogados e ex-juízes também estão sendo investigados por seu papel no esquema.

Em resposta, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) declarou em nota que está cooperando com a Polícia Federal, conforme as determinações do STJ, e destacou o compromisso com a transparência e governança na investigação.

Metrópoles

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