Foragida há mais de dois anos, Fernanda Gonçalves de Carvalho Donato foi presa por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), nesta quinta-feira. A mulher é suspeita de assassinar o analista judiciário aposentado Carlos Jorge Rodrigues Jaber ao injetar uma substância tóxica na corrente sanguínea dele. O crime aconteceu em dezembro de 2021, no Cachambi, na Zona Norte do Rio.
A mulher estava foragida desde março de 2022. Contra ela, estava em aberto um mandado de prisão preventiva por latrocínio e coação. Fernanda foi localizada na casa de parentes no Morro da Caixa D'Água, em São João de Meriti, na Baixada, onde estava escondida.
De acordo com a polícia, a suspeita e Carlos eram vizinhos na época do crime. Após o aposentado ficar viúvo, Fernanda passou a frequentar o apartamento dele. No dia do crime, após aplicar a injeção em Carlos, a mulher roubou bens da vítima avaliados em R$ 103 mil. Depois, se disfarçou, colocou o que havia roubado no carro do viúvo — um BMW que estava estacionado na garagem — e dirigiu até o estacionamento de uma farmácia nas redondezas.
Lá, Fernanda se livrou do disfarce, fez fotos do automóvel e as publicou na forma de anúncio nas redes sociais. Horas mais tarde a suspeita foi vista em Saquarema, na Região dos Lagos, onde trocou o Ônix da vítima por um BMW ano 2005.
Uma semana depois do assassinato, segundo as investigações, Fernanda passou a ligar para a mulher com quem trocou os veículos e fez ameaças, dizendo que se ela reclamasse de alguma coisa, Saquarema viraria "uma praça de guerra".
A polícia descobriu também que a suspeita coagiu testemunhas para que não revelassem sua participação no crime. A mulher ainda se passou por parentes de bicheiros. De acordo com as investigações, Fernanda tem anotações em sua ficha criminal desde 2006.
Segundo a família de Carlos, além do carro de seu pai, foram roubados do apartamento duas TVs, dois mil euros, um celular, documentos e chaves.
Fernanda, agora, será encaminhada à audiência de custódia e, depois, ficará à disposição da Justiça.
Extra o Globo
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