Seis PMs são condenados pelos crimes de sequestro, tortura e roubo em Salvador

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Seis policiais militares foram condenados pela Justiça Militar pelos crimes de sequestro, tortura e roubo, praticados durante uma abordagem em serviço em maio de 2019, no bairro de Fazenda Coutos, em Salvador. Na ocasião, a vítima foi retirada à força de um estabelecimento comercial, conduzida para um local afastado e submetida à tortura física e psicológica. 

A condenação foi obtida pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por meio da Promotoria de Justiça Militar. As penas determinadas aos réus variam conforme o grau de participação de cada um nos crimes. Um dos PMs, considerado o principal responsável pela ação criminosa, recebeu a maior pena: 26 anos, 11 meses e 3 dias de reclusão. Já outro réu foi sentenciado a 24 anos, 2 meses e 2 dias, mesma pena atribuída a dois outros envolvidos.

Os dois últimos policiais condenados, com participação menor, foram sentenciados a 17 anos, 2 meses e 6 dias de reclusão. Além de cumprir prisão, todos os policiais perderam os cargos públicos e não poderão exercer funções públicas por um período equivalente ao dobro das penas. A Justiça negou o direito de recorrer em liberdade. 

Segundo a denúncia do MP-BA, que se baseou em um Inquérito Policial Militar (IPM), os agentes sequestraram a vítima e a submeteram à tortura para que realizassem saques e transferências bancárias que somaram R$ 12,4 mil. Durante a ação, pertences pessoais, como relógio, perfume e celular, foram roubados. Imagens de câmeras de segurança e testemunhos contribuíram para a identificação e condenação dos envolvidos. 

O início da operação criminosa aconteceu no momento em que os militares, em serviço, abordaram a vítima em um estabelecimento comercial em Fazenda Coutos. A vítima foi forçada a entrar na viatura e levada para um local isolado, onde sofreu agressões físicas e tortura psicológica, incluindo choques elétricos.

Na sequência, os agentes obrigaram a vítima a entregar seu cartão bancário e realizaram vários saques e transferências. Os itens roubados foram retirados da residência da vítima, que, além de identificar os policiais, forneceu depoimentos que corroboraram as provas materiais.  

BNEWS

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