Arlindo Elias, de 64 anos, foi condenado a mais de 16 anos de prisão por matar a facadas o próprio irmão, José Francisco Elias, por causa de R$ 100, em junho de 2022, em São Paulo. Segundo testemunhas da própria família do acusado, os dois tinham uma relação conturbada e já tinham até brigado na rua anteriormente.
De acordo com o Metrópoles, o filho do acusado prestou depoimento afirmando que estava tomando banho e, ao sair, se deparou com o pai cheio de marcas de sangue na roupa e o tio caído no chão. Ainda segundo ele, o pai estava bêbado e isso por ter motivado o crime.
Ao júri, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Arlindo disse ter sido surpreendido por uma visita de José. “Eu estava na cama, aí ele chegou e me deu uma paulada na cintura, eu só fui me defender […] ele veio bêbado da rua e me deu uma paulada […] ele cortou minha mão, cortou meu nariz […] com a paulada cortou minha orelha”, alegou o acusado, antes de afirmar que o irmão tinha pedido R$ 100 emprestado e não devolveu.
Arlindo, que agora foi condenado pela segunda instância, não convenceu o júri que agiu em legítima defesa. “E mesmo que se admita que o réu tenha sofrido prévia lesão corporal decorrente de uma ‘paulada’ desferida pelo ofendido, é certo que, ao reagir, sem dúvidas, não usou moderadamente dos meios necessários para repelir injusta agressão”, analisou o relator do caso, o desembargador Tetsuzo Namba.
O magistrado rejeitou o pedido de anulação do julgamento feito pelo advogado do acusado. Os desembargadores Renato Genzani Filho e Guilherme Strenger acompanharam o relator em votação unânime.
BNEWS
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