Segundo informações do Metrópoles, o ataque no ano passado aconteceu quando Antônio Vinícius celebrava o natal em seu apartamento na Anália Franco, na capital paulista. Ele estava na sacada quando disparos foram feitos na direção do local, mas não foi atingido.
O Ministério Público aponta Antônio Vinícius como o mandante das mortes de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, em 27 dezembro de 2021. O agente penitenciário David Moreira da Silva também teria participado do duplo homicídio. Outro homem, Noé Alves Schaum, que teria sido o atirador neste duplo homicídio, foi assassinado em 16 de janeiro de 2023.
A denúncia do MP aponta ainda que o homem morto hoje tinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas. Ele chegou a ser preso pelo crime em um condomínio de luxo de Itacaré, na Bahia, mas foi libertado em 7 de junho do ano passado. Em liberdade condicional, ele tinha que se deslocar usando uma tornozeleira eletrônica e cumprir algumas medidas.
Antes do racha com o PCC, Antônio Vincíus seria o responsável por lavar o dinheiro de um braço da quadrilha, mas passou a gerar suspeita de que estaria desviando valores do PCC.
Reportagem do Uol aponta ainda que o homem morto hoje havia assinado um acordo de delação premiada e isso também pode ter motivado o crime. Ele dizia que tinha comprado o silêncio de agentes públicos com propinas altas. Ele já havia afirmado aos promotores que o PCC havia participado do agenciamento de jogadores do Corinthians e de outros clubes. Disse ainda que Cara Preta, um dos homens que era acusado de mandar matar, tinha comprado uma cobertura no valor de R$ 15 milhões no Tatuapé, em São Paulo.
O homem andava com dois seguranças. No tiroteio de hoje, outras três pessoas ficaram baleadas, mas não está claro quem são, nem o estado de saúde delas.
Sequestro relâmpago
Em junho desse ano, a polícia chegou a ser acionada depois de uma informação de que o empresário teria sido sequestrado. A companheira dele ligou para o advogado que o representa para afirmar que havia uma movimentação estranha dele de um carro para o outro.
Horas depois, ele foi deixado na frente do prédio em que morava. Na época, reportagem da Record afirmava que o empresário entendeu que foi um "recado" de rivais. Ele estava nervoso ao prestar esclarecimentos à polícia, mas detalhes sobre o caso não foram informados.
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